O setor mineral brasileiro é uma potência. Em um imenso território geologicamente privilegiado, gera 180 mil empregos diretos e mais de 2 milhões indiretos. Somente o minério de ferro representa quase 10% das exportações nacionais, perde apenas para a soja. Mas outros minerais também chamam a atenção. Nas últimas eleições, muito se falou no nióbio, essencial em setores como tecnologia e aeroespacial. O Brasil é dotado de 90% das reservas do material no mundo. É também o terceiro exportador de grafita, componente importante da bateria de carros elétricos, próxima tendência nas estradas.
“Com a consolidação das reformas no Brasil, haverá no médio prazo um crescimento de projetos na área de exploração mineral. Os investidores canadenses sempre atuaram fortemente no desenvolvimento de novos projetos minerais, temos que estar próximos a eles”, diz Mario Reinhardt, diretor da GE21, empresa associada da CCBC desde o ano passado.
A GE21 é uma consultoria mineral especializada que atua nas diversas etapas de desenvolvimento de projetos. Sua equipe tem mais de 20 anos de experiência no setor, em commodities variadas, especialmente ouro, ferro, manganês, bauxita, níquel, entre outras – o níquel, aliás, é um elemento fundamental para a indústria de telefones celulares.
A empresa tem desenvolvido trabalhos desde a etapa de geologia, estimativa de recursos e reservas minerais até projetos de lavra e relatórios técnicos para empresas como Gerdau e Arcelor Mittal (ferro), Sigma Resources (lítio), Tristar Gold (ouro), Largo Resources (vanádio) e ERO/Caraíba (cobre), algumas delas listadas na bolsa canadense.
“O Canadá representa em termos de investimento, know-how e tecnologia um dos pilares mais fortes da mineração do mundo. Temos difundido nossos produtos junto à Comissão de mineração e buscamos estreitar laços com as empresas de mineração canadenses que desejam investir no Brasil”, destaca Mario, que em 2017 foi apontado em eleição entre os leitores da revista Brasil Mineral como personalidade do ano no setor, na categoria Engenharia e Tecnologia.
Desenvolvimento e Sustentabilidade
A GE21 acompanha atentamente as tendências internacionais de mineração. Em março, a empresa fez parte da delegação brasileira do PDAC, um dos maiores eventos do setor no mundo, realizado em Toronto, onde expôs no estande do Brasil. A participação ocorreu via Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (Adimb) e contou com apoio da CCBC.
A tecnologia é outro foco da GE21, que se preocupa em inserir suas soluções na linha da transformação digital. Desde 2007, por exemplo, a companhia aplica soluções baseadas em Realidade Virtual, em parceria com a empresa Virtalis e o British Geological Survey (BGS) para integração e visualização avançado de dados de geociências de mineração.
Em relação ao meio ambiente, por meio da aplicação de Geometalurgia e da nova tecnologia de ore sorting para enriquecimento dos materias que saem da mina, antes da moagem, a GE21 tem permitido minimizar a geração de rejeitos, aumentar os índices de recuperação e reduzir o uso de água, contribuindo para uma maior sustentabilidade da atividade de mineração no Brasil. A estratégia é fruto da parceria com a empresa austríaca Redwave.